O caso dos exploradores de cavernas.
Lon Luvois Fuller nasceu em 1902 no estado do Texas, EUA. O professor e jurista graduou-se em economia e direito em Stanford. Atuou como docente na área da Teoria do Direito nos estados de Oregon, Illinois e Duke, passando posteriormente a lecionar Direito Civil e Teoria do Direito na Universidade de Harvard onde atuou até 1972. Fuller atingiu o ápice de sua carreira ao escrever o ensaio O caso dos exploradores de caverna que retrata a estória de um grupo de homens que ficam soterrados após um desmoronamento dentro de uma caverna. Eles se encontram privados de sua liberdade, sem provisões e condenados a inanição em virtude do tempo presos. Após algum tempo enclausurados na caverna percebem que a única forma de sobreviverem a esta tragédia seria o consumo de carne humana, privando um destes indivíduos de sua vida. Depois de resgatados os sobreviventes foram a julgamento e em primeira instância foram condenadas à pena de morte, em segunda instância foram analisados por cinto juízes: Truepenny, Foster, Tatting, Keen e Handy. O livro traz uma introdução muito breve que situa no tempo e espaço a estória. Posteriormente a obra se divide em peças extremamente eloquentes proferidas pelos magistrados encarregados de decidir a condenação ou não dos réus.
Truepenny, C.J. é o responsável por presidir a Suprema Corte de Newgarth e por enunciar o caso em júri posteriormente dando seu voto. Truepenny retoma a decisão proferida pelo Tribunal do Condado, lembrando que os dispositivos legais não permitem exceção à aplicabilidade da lei a exemplo de “Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte” dirigindo seu voto então à condenação do acusados. O segundo juiz a se pronunciar é Foster, que condena a opinião de seu colega Truepenny por este querer “escapar” das dificuldades que o caso