O Capitalismo Acabou
Introdução
Antes de explicar o que interessa, isto é, o estado terminal do capitalismo e da economia real, irei contextualizar historicamente de forma breve o desenvolvimento da humanidade a partir do modo de produção feudal até os dias atuais. Condições sociais pré-capitalistas resumidamente Até o fim do século XVII, a humanidade predominantemente vivia no campo, a propriedade rural dos meios de produção, ou seja, a terra, era a principal fonte de riqueza e ocupação da maior parte da população. Nas pequenas oficinas, os trabalhadores artesãos eram os principais responsáveis pela transformação de matérias-primas extraídas da terra em bens necessários a satisfação humana, dominando todo o processo econômico, desde a obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto final. Além deles, existiam também os mercadores, comerciantes que viviam em ‘Burgos’(daí o termo ‘burguês’), compravam todos os tipos de produtos e revendiam por um preço maior. Crescimento do comércio e surgimento da indústria moderna A atividade comercial era fortemente impulsionada pelos progressos técnicos da época, a título de exemplo, a substituição do sistema de 2 para 3 campos nos feudos, isto é, a diversificação do plantio, gerou o aumento da plantação de aveia e forragem, que permitiu a maximização da criação de cavalos, e subsequentemente o aumento da velocidade do transporte e do arado, já que cavalos são mais rápidos que bois(animal responsável pelo transporte e arado até então). Aliado a isso, a substituição da carroça de 2 rodas pela de 4, reduziu os custos com transporte, que passaram a exigir menos trabalho humano e ampliaram a capacidade de carregar mais produtos agrícolas e manufaturados em menor tempo. Essas pequenas modificações fizeram a população crescer, praticamente dobrando entre os séculos 1000 e 1300, especialmente a urbana, e por decorrência a especialização e ganhos em produtividade agrícola e manufatureira, fazendo com que as