O Brasil foi o primeiro país da América Latina em que foi implantado o freudismo, e em sua história novos modelos foram formados ao invés de realizar uma cópia idêntica à do freudismo Europeu. Para descrever o contexto histórico do Brasil na época, é possível citar a origem dos asilos modernos a partir da instauração do Estado republicano e a reformulação da clínica da loucura. Nesse contexto, Juliano Moreira fez com que a psiquiatria se tornasse uma especialidade autônoma no currículo dos médicos e ainda foi o primeiro no Brasil a adotar e divulgar a doutrina freudiana. Sendo assim, vários psiquiatras começaram a contribuir para a implantação progressiva do freudismo nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia entre os anos de 1914 e 1930. Além disso, é possível citar Durval Marcondes como o primeiro freudiano do Brasil, em que, passou da psiquiatria para a psicanálise desejando fazer com que São Paulo fosse o centro da nova doutrina. Marcondes junto a Franco da Rocha, fundou em 24 de outubro de 1927 a Sociedade Brasileira de Psicanálise, qual foi a primeira sociedade psicanalítica do continente latino-americano. Criou-se também a Revista Brasileira de Psicanálise e ainda uma filial da SBP criada por Juliano Moreira instalada no estado do Rio de Janeiro. Nessa época, era obrigatória a realização de uma análise didática para que fosse possível a formação de novos alunos. Sendo assim, Marcondes buscou alguém que fosse analisado para que se iniciassem as análises didáticas nos próprios brasileiros. Conseguiu então trazer Adlheid Koch, a primeira psicanalista didata do Brasil, qual analisou o próprio Marcondes. Frank Julien Philips, formado em Londres por Melaine Klein e Wilfred Bion, se juntou ao grupo e também realizou uma análise com Koch.
Em 1945, após o restabelecimento da democracia, o movimento psicanalítico brasileiro começou a aceitar os processos de normatização da IPA (International Psychoanalytical Association) e foi se construindo de acordo com o