O brasil
Eu acho fascinante que a maioria das pessoas planeje suas férias com mais cuidado do que planejam suas vidas. Talvez porque fugir é mais fácil que mudar.
( Jim Rohn )
uem ainda não ouviu que o ser humano tem dificuldade para mudar? A resposta para isso não é única; temos a explicação evolucionária que diz que as rotinas nos ajudam a sobreviver já que temos nossos riscos diminuídos quando estamos em terreno conhecido. Mas, afinal, o que faz com que muitas vezes evitemos mudar mesmo quando em profunda infelicidade?
Nossa mente é composta somente por memórias, pelo passado. Desde que nascemos, somos preenchidos pelo que vemos, ouvimos repetidamente, sentimos, cheiramos, etc., formando nossos conceitos e opiniões. Tudo que nossa mente tem é o nosso passado, tudo que ela analisa é baseado em experiências ou em conhecimentos anteriores, muitos deles que recebemos na nossa educação. Tomamos decisões baseadas no que está depositado nesse “arquivo” e nos sentimos culpados quando desafiamos o que ele contém.
Buda dizia que devíamos “matar” nossos pais e Cristo aconselhava a abandoná-los. Evidente que isso é uma linguagem figurada para que nos livrássemos desses conceitos e idéias que não são nossos, que foram impostos a todos nós. Os Sufis (místicos do Islã) utilizam uma metáfora em meu entender ainda mais bela, dizem: “Nenhuma mudança é possível antes que você morra”. Esse “morrer” na verdade é o desprender-se desse conjunto de pensamentos e idéias a que estamos amarrados, forjados, principalmente, na primeira infância.
Tomamos decisões que nem sabemos que são nossas. Quantas vezes nos deparamos dizendo coisas ou tendo as mesmas atitudes que condenamos em nossos pais, professores ou mídia por exemplo? Todo esse conteúdo está nas nossas escolhas e tomadas de rumo na vida. Mas isso é realmente seu? Sua vida seria a mesma se seus país e familiares fossem diferentes? Se seus parentes e amigos fossem outros, você estaria hoje trabalhando onde