O brasil é sim um país racista
O racismo institucional é o responsável pelo tratamento diferenciado entre negros e brancos em políticas como a de educação, trabalho, saúde, segurança e nos meios de comunicação do País. Ao contrário do racismo individual, que se aproxima do preconceito, quando alguém se acha superior ao outro por conta de sua etnia, o racismo institucional é desencadeado quando as estruturas e instituições, públicas e/ou privadas de um país, atuam de forma diferenciada em relação a determinados grupos em função de suas características físicas ou culturais, ou então quando o resultado de suas ações – como as políticas públicas, no caso do Poder Executivo – é absorvido de forma diferenciada por esses grupos, muitas vezes não se tem a percepção real do racismo praticado nas instituições públicas e privada porque o Brasil cresceu sobre o mito da democracia racial. Nas escolas, estão alguns dos exemplos mais emblemáticos deste racismo institucional: as enormes dificuldades para a implementação da Lei 11645/08 – que modificou a Lei 10639/ 03 –, que determina o ensino da história da África e dos afro-brasileiros com a Lei saímos do submundo da história e nos humanizamos. O Estado brasileiro é responsável por manter a resistência em promover e defender o debate e a implementação de políticas públicas de inclusão, há uma grande campanha da mídia contra as cotas, contra a titulação de terras quilombolas. Sabemos que uma das políticas públicas de maior sucesso no país foi a que beneficiou a chegada de grupos estrangeiros, quando distribuiu lotes de terras, disponibilizou escolas e toda a estrutura necessária para começarem aqui no Brasil uma nova vida, sem dar o mesmo tratamento àqueles que aqui estavam muitos anos escravizados cruelmente e que foram libertos sem nenhuma política que os incluísse na sociedade, como cidadãos brasileiros portadores de direitos e deveres como a que foi dada aos imigrantes que aqui chegaram. A escravidão dos negros no Brasil foi