O brasil crioulo (baseado na obra de darcy ribeiro)
A formação dos tipos culturais do Brasil se formou a partir da identidade étnica, da estrutura socioeconômica (mercantil) e da tecnologia produtiva (pela dependência de artigos importados).
Para explicar o nascimento da cultura crioula, Darcy, nos primeiros parágrafos, conta o início da produção dos engenhos açucareiros no Brasil. A produção só dependia de solos férteis e frescos, e de madeiras e ferros para a construção do engenho, coisa que os carpinteiros portugueses fariam com facilidade mesmo antes de 1520. Com o tempo, o açúcar tornou-se uma mercadoria boa para a exportação e para gerar lucro aos produtores, o que chamou a atenção de muitos senhores. Logo depois, o nordeste já estava tomado pelos engenhos. Com o aumento da produção, precisou-se de mão-de-obra boa e barata (os índios não eram tão maleáveis), por isso importaram negros africanos. Estes já estavam acostumados com o trabalho pesado e custava quase nada aos portugueses. Além de ser baseado pelo trabalho escravo, o sistema açucareiro era baseado também no latifúndio e na monocultura.
Em seguida, o autor conta sobre a esperteza que os portugueses tinham para negociar, importar, exportar e dominar, falando também das vantagens que eles tinham e como isso os ajudou a conseguirem essa “liderança”, uma vez que dominavam os recursos de navegação e logo depois a produção de açúcar, além da incorporação de negros escravos à força de trabalho.
O Brasil crioulo nasceu nos engenhos nordestinos em torno do complexo formado pela economia do açúcar. Essa economia açucareira demandava grandes investimentos e uma especialização de funções. Foi ela que nos inseriu no mercado mundial, porém, nela não havia espaço para o negro estruturar-se como família e este, mesmo quando livre, continuava a depender do sistema de fazendas.
Esse sistema é comparado com o feudal e são explicadas as diferenças. No sistema feudal, o povo sobrevivia de acordo com a sua concepção de vida. Já no de fazendas, o