O Batalhador Feirante e a sua Administração
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
LARISSA CASANOVA LARA FERNANDES
RESENHA – capítulo 2: O BATALHADOR FEIRANTE E A SUA ADMINISTRAÇÃO
OURO PRETO
2014
O texto “O Batalhador Feirante a sua Administração” encontrado no segundo capítulo do livro de Jessé Souza (Os Batalhadores Brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora?), tem a colaboração de Felipe Cavalcante e Márcio de Sá. Ambos direcionaram sua pesquisa no âmbito da feira de Caruaru, que se localiza no Agreste de Pernambuco, onde se concentra inúmeros batalhadores nordestinos que almejam por sua subsistência e uma vida melhor, em uma das áreas em que o índice de precariedade é elevado.
A feira é um exemplo de mercado periférico que aglomera atividades econômicas, sociais e culturais para o público rural, desempregados do meio urbano, nordestinos que retornaram dos grandes centros e famílias que trabalham em conjunto. Embora iniciada anteriormente ao capitalismo moderno, a feira sofria os impactos da crise econômica presente no momento dos estudos. Retratava em seus perfis essa crise, aparentando-se exaustos e desacreditados.
A estrutura física do local onde se concentrava a feira era extremamente desordenada. A ausência das mínimas condições de higiene pairava sob o lugar, a inexistência de alvará de funcionamento era evidente e a segurança era tomada por parte dos usuários de drogas, caracterizando o ambiente como totalmente deprimente. O crescimento de construções de favelas e comércios de modo caótico progredia aos meios naturais (rios), propiciando riscos diretamente à população e ao meio ambiente.
A investigação presente no estudo de Jessé Souza, caracterizada como teórica e empírica, se deve da necessidade de tomar conhecimento do modo de gestão administrativa desses batalhadores. Ou melhor, como eles fazem para manter e conduzir seus negócios, e também como aprenderam a executar seu trabalho.