os chapeados em campina grande: carregando e descarregando historias
O enfoque da cultura começa quando o homem ordinário se torna o narrador, quando define o lugar (comum) do discurso e o espaço (anônimo) de seu desenvolvimento. (CERTEAU, 1994, p. 63)
No percurso do árduo caminho de qualquer graduação, no embate entre as mais diversas teorias da História, ora nos dizendo algo, ora nos dizendo nada, fizeram-me envolver neste conflito que ainda busco respostas, de instante em instante, procurando encaixar algo que nos fizesse relacionar as tantas leituras com a praticidade da vida.
Este foi o meu problema na graduação e parece continuar.
Talvez já transformasse em clichê a insistência entre os muitos professores de
História, em afirmar que temos sempre que associar as leituras com o cotidiano, às vezes entendemos que isso não passa de uma pedagogia ultrapassada, que tenta amenizar o problema sério deste campo de saber, pois quando lemos e não vivenciamos e/ou associamos tais leituras com nossas vidas, as coisas parecem não fazer sentido.
Talvez a opção da escolha metodológica para esta pesquisa, embora embasada em alguns aportes teóricos, seja pelo fato de julgarmos mais próxima de uma pesquisa prática em que o pesquisador acaba por se envolver mais com as fontes estudadas, parecendo, pois, fazer mais sentido.
Mais do que nunca acredito que nem tudo em História se pode associar com a contemporaneidade, mas como muitos dizem, temos que relativizar, a História é subjetiva. Paremos com o assunto e sustento minha opinião em dizer que o campo do saber da história muito pouco tem ajudado socialmente. A História que vejo é uma história retirada dos livros e de muito pouca prática. Mas essa minha elucubração não quer dizer que considero os conceitos teóricos desimportantes, apenas queria perceber o campo deste conhecimento do qual me dispus a estudar, mais envolvido com o dia-a-dia dos sujeitos, onde as leituras trouxessem resposta para problemas, onde o historiador tivesse um ofício mais prático e