O barroco na literatura
O nome “barroco”, derivado do termo espanhol “barueco” que designava uma pérola de forma irregular, foi atribuído nos finais do XVIII e possuía alguma intenção pejorativa (insultuosa, desagradável), uma vez que este período era ainda considerado como a fase de decadência do renascimento. Só nos inícios do século XX este estilo é reconhecido como um dos mais importantes da história moderna.
Desenvolvida durante o século XVII, a arte barroca prolongou-se pelo século XVIII em muitos países. Apesar das diferentes interpretações que se verificaram nos diferentes países e regiões, este estilo apresentou algumas características comuns, como a tendência para a representação realista, a procura do movimento e do infinito, a importância cenográfica dos contrastes luminosos, o gosto pelo teatral, a tentativa de integração das diferentes disciplinas artísticas. Conhecido também por Seiscentismo (anos de 1600), este foi um estilo literário marcado pela linguagem rebuscada, pelo uso de antíteses e de paradoxos que expressavam a visão barroca do mundo numa época de transição entre o teocentrismo e o antropocentrismo. No Barroco, estão presentes duas vertentes:
• Cultismo ou gongorismo1 – é a valorização da forma e da imagem, o uso de jogos de palavras, uso de metáforas, hipérboles, analogias e comparações. Manifesta-se uma expressão da angústia de não ter fé.
• Conceptismo ou quevedismo2 – é a valorização do conteúdo/conceito, o uso de um jogo de ideias através do raciocínio lógico. Há um uso da parábola com finalidade mística e religiosa.
1. Gongorismo – por ter influências do poeta clássico espanhol Luis de Góngora y Argote.
2. Quevedismo – por ter influências do poeta barroco António de Quevedo.
Fonte: Wikipédia; Infopédia;