O auto da compadecida (filme)
Obra
O Auto da Compadecida é um filme brasileiro de comédia e drama lançado em 2000. Dirigido por Guel Arraes e com roteiro de Adriana Falcão, o filme é baseado no romance homônimo de 1955 de Ariano Suassuna, com elementos de O Santo e a Porca e Torturas de um Coração, ambas do mesmo autor, e influências do clássico de Giovanni Boccaccio Decameron.[1] O filme recebeu durante o Grande Prêmio Cinema Brasil, evento criado pelo Ministério da Cultura, as premiações de melhor diretor, melhor roteiro, melhor lançamento e melhor ator.
As filmagens do filme foram feitas em 2000 na cidade de Cabaceiras, interior do estado da Paraíba, conhecida por ser palco de vários outros filmes brasileiros,[3] com parceria de produção entre a Globo Filmes e a Lereby Produções. Estreou em 10 de setembro de 2000, no Brasil, e foi exibido em outros países em eventos de cinema e em mídia para distribuição. Nos Estados Unidos, o filme foi renomeado como A Dog's Will. Foi recebido com críticas positivas na maioria dos países da América do Sul.
O autor mostra um povo religioso, de pé no chão, acuado pela seca, atormentado pelo fantasma da fome e em constante luta contra a miséria. Traça o perfil dos sertanejos nordestinos que estão submetidos à opressão a que foram, e ainda hoje são, subjugados por famílias de poderosos coronéis que possuem terras e almas por vastas áreas do Brasil.
Dentro desse contexto, João Grilo é a figura que representa os pobres oprimidos, é o homem do povo, é o típico nordestino amarelo que tenta viver no sertão de forma imaginosa, utilizando a única arma do pobre, a astúcia, para conseguir sobreviver.
Suassuna leva a julgamento almas, diante do tribunal, dirigido por Deus e o diabo, que são pecadoras devido às condições sociais existenciais, que se apresentam mais fortes que os valores morais. São acusados o bispo e o padre João, por se utilizarem da autoridade religiosa para enriquecerem. No entanto, com a intercessão de Nossa