Sinopse e analogia do filme auto da compadecida
O filme se passa no sertão nordestino, região de baixa renda e assolada pela seca, João Grilo personagem de Matheus Nachtergaele tenta sobreviver tendo por companheiro Chicó (Selton Melo). A trama começa a ser cômica quando os dois amigos começam a trabalhar numa padaria e passam a se relacionar com o padeiro (Diogo Vilela) e sua mulher, Dora (Denise Fraga), conhecida infiel da região. Explorados pelos patrões, que lhes concedem tratamento inferior aos animais da casa, os dois, tentados pela irresistível ambição, vêem uma chance de ganhar alguns trocados quando a cadelinha de estimação da mulher morre e os dois organizam um enterro de luxo, em latim – o que vai criar um conflito no âmbito da Igreja, entre o padre (Rogério Cardoso) e o bispo (Lima Duarte), assim como com o coronel (Paulo Goulart), todos engabelados por João Grilo, na sua tentativa deslavada de emendar o mal-feito, sempre obtendo vantagens. A situação ainda seria agravada, já que Chicó se apaixonaria pela filha do coronel, que tem como pretendente o cabo e o valentão da cidade. As peripécias destes personagens parecem acabar, entretanto, quando eles são mortos durante uma invasão de cangaceiros, comandados pelo rude Severino (Marco Nanini). Uma vez do outro lado da vida, serão todos sujeitados a um julgamento, tendo por acusador o diabo (Luis Melo), disposto a todo custo levá-lo para o inferno. João recorre a sua inteligência para convencer o Juiz, Jesus Cristo (Maurício Gonçalves), a salvá-lo das chamas do inferno e evoca Nossa Senhora (Fernanda Montenegro) a, mais uma vez, socorrê-lo.
Analogia do Filme com a Cultura e Povo Brasileiro
O Auto da compadecida é um filme sobre a sociedade brasileira. Retrata seu lado mais esculachado, ou seja, aquele em que o próprio cidadão, mesmo numa vida miserável, consegue ter uma visão engraçada da mesma. As histórias tragicômicas, protagonizadas por personagens tipicamente brasileiras, na grandeza de