O Auto da Barca do Inferno
Personagens: Anjo – Diabo – Companheiro do diabo – Nobre – Ajudante do nobre - Empresário – Bobo -- Banqueiro – Padre – Florença (amante do padre) – Gilda Furacão – Juiz – Cavaleiros(2).
Cenário: O mar; de um lado a barca do anjo a caminho do céu, e do outro a barca do diabo a caminho do inferno (alegoricamente representado por Brasília).
Iluminação: Luz clara na barca do anjo. Luz sombria e escura na barca do diabo e por onde ele passar.
Sonorização: Música gospel, instrumental,mística (para o anjo), metaleira, rock pesado para o diabo, música estilo palaciano para o nobre, para o empresário e o banqueiro a música Money, do grupo Pink Floid, para o padre idem à do anjo, Rebolation – Gilda Furacão, para o juiz algo instrumental de suspense e para os cavaleiros música tema do Gladiador. No final, “Brasil, mostra a sua cara”.
Em O Auto da Barca do Inferno, a intenção do autor é criticar a sociedade corrompida por prazeres efêmeros proporcionados pelo dinheiro, pela luxúria, pelo mau uso da fé e a profanação de tudo que é sagrado. E, através desta crítica, fazer com que as pessoas reflitam sobre seus atos, omissões, fraquezas e reais crenças para que assim consigam se questionar: Que tipo de ser humano eu sou ou desejo ser?
Sendo assim, ao fazerem a passagem derradeira, as almas humanas, representadas por tipos sociais de todas as classes, se deparam com duas barcas que as levarão ao destino eterno, conforme a carga (benfazejas ou malfazejas) que cada uma traz de sua vida terrena. Uma barca conduz à Glória divinal e a outra, à expiação infernal.
De todos os tipos humanos acima citados apenas o Bobo e os Quatro Cavaleiros seguem para o paraíso; o restante, involuntariamente, vai pagar as suas penas na comarca ardente embarcando no batel infernal.
Vamos ao texto! Diabo: À barca, à barca, olá! Que temos, gentil maré!