o atrativo cruzeiro
O texto que irei usar como base será “o atrativo cruzeiro” de Pierre Clastres. Nesse texto é fácil perceber vários conceitos antropológicos que batem de frente com nossa vida cotidiana, e nos ajudam a refletir sobre os nossos atos no dia a dia. O texto começa com um cruzeiro amontoado de turistas chegando a uma praia, onde caminhando mais para dentro do território ocorreiria um encontro extraordinário, entre os turistas e os índios, esperado por todos. Logo no começo entre o dialogo dos turistas percebemos desprezo por alguns e fascínio por outros, mais no geral eles parecem estar ansiosos para ver o cotidiano de um “selvagem”, percebemos também a falta de interesse na cultura do outro, se é que eles pensavam que os outros tinham cultura, quando falam assim: “ eu tinha muita vontade de ver esses negros”; “ouvi dizer que eles se pintam de suco vermelho, só não sei qual tribo, mas isso não interessa são todas iguais mesmo” (podemos perceber o universalismo nessa ultima citação, onde o turista impõe uma característica que ele diz ser universal para todas as tribos) não perceberam que como foi citado no texto “você tem cultura?” de Roberto da Matta que todos tem cultura, todos temos personalidade( até mesmo os mais quietinhos) todos se relacionam e modificam ao mundo e a si mesmos, todos tem um conjunto de regras finitas que são infinitamente atualizadas, seus mapas receituários e códigos são repetidamente atualizados e modificados.
Chegando a tribo eles passam a julgar e fazer comentários tentando descobrir pra que serve as “praças” e pontos de encontro da tribo e acabam praticando um pouco de etnocentrismo, um preconceito: “é ali que eles fazem suas danças de noite”; “aposto que ali é o poste da tortura” após ter conhecido a estrutura da aldeia eles se perguntam se alguém os ensinou a falar, como se eles não se comunicassem entre si, após um tempo um dos índios vai falar com os turistas e eles se impressionam como o