O ato de filosofar
A filosofia causa, no homem, incomodo em sua tendência de acomodação. A filosofia não busca substituir a ação das ciências, mas, ao contrário, quer subsidia-las e enriquece-las sob a forma de planejamento e reflexão. A filosofia sabe que o melhor alcance do homem será sempre imperfeito e provisório, justamente o oposto proposto pelas outras ciências que tentam a todo preço desvalorizar o ato de filosofar.
É no ato de filosofar que a filosofia se diferenciar das outras ciências, mesmo que elas sejam tidas como superiores, é no inicio do espanto, ou com o maravilhar-se, com aquela sensação de estranhamento, que é produzida a partir do momento em que nos deparamos com algo novo, que não compreendemos (que seria o chamado conflito cognitivo), nos leva a questionar a maneira habitual e corriqueira com a qual vínhamos pensando e vivendo até o presente momento e que por este ato de filosofar é percebido como singular com novo significado, o que mais tarde Merleau-Ponty vai definir a filosofia como “a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”.
Diria que é na filosofia que nos é possibilitado o exercício de nossa humanidade através da reflexão crítica com propriedade sobre os vários caminhos já trilhados no passado, os que estão sendo trilhados no presente e o que podemos esperar para o futuro. É nesta visão holística do ser que é possível buscar novas e melhores formas de nos