O ateísmo soviético e a perseguição religiosa
O primeiro ponto tratado no programa são riscos dos argumentos religiosos no sistema jurídico1. E é aqui que Daniel Sottomaior tenta demonstrar o impacto negativo das religiões na sociedade com o argumento muitas vezes utilizado por ateus:
Agora que entra o estado laico, né? Na história da humanidade, os governos, na imensa parte dos nossos últimos milhares de anos, no ocidente, os governos se pautaram pela religião, e nos banharam de sangue com isso, sempre oprimindo os diferentes. Até que um belo dia chegou a revolução francesa e disse “vamos separar o Estado da religião”, o Estado não tem mais poder para interferir na religião e vice-versa.
A isto o pastor Silas Malafaia responde, dizendo:
Deixa eu (sic) discordar do colega sobre o banho de sangue... porque quem deu banho de sangue na humanidade foram aqueles que tinham o ateísmo como base. A Revolução que aconteceu na Rússia e que matou mais de 70 milhões de pessoas, a Revolução da China que matou mais de 50 milhões de pessoas, o Pol Pot lá, agora, no Camboja, naquela região... Estes camaradas tinham como doutrina a exclusão total da religião... Tanto a União Soviética como também a China, a exclusão total, o Estado laicista, ninguém derramou mais sangue do que aqueles que eram a favor da anulação de ideal da sociedade... Ninguém, isto é histórico, sociológico e antropológico, então, se quiser mudar isso...
Muitos ateus conhecem esta resposta. E muitos ateus a rejeitam, alegando que a perseguição no regime soviético se dava por causa de seu comunismo, não do ateísmo. Alguns chegam a declarar que este comunismo teria adquirido um status de religião para seus membros, podendo assim