O ataque israel-síria e o silêncio norte-americano: manipulação para intervenção
A Síria, que hoje vive em estado de guerra civil após a repressão violenta de protestos ligados à Primavera Árabe, é frequentemente acusada por Israel de financiar e oferecer apoio logístico a grupos terroristas – Hezbollah no Líbano e Hamas na Faixa de Gaza. No dia 30 de janeiro de 2013, Israel foi a primeira potência externa a intervir diretamente no conflito sírio por meio de sua força aérea. Configurando uma afronta à soberania do país conflituoso, até o presente momento, há manifestações russas, iranianas e da Liga Árabe por se tratar, principalmente, de um ataque não provocado, injustificável e por violar a Carta das Nações Unidas.
A Síria afirma que jatos israelenses atacaram, sem motivos, um “centro de pesquisa militar” a 40 km da capital Damasco – em Jamraya -, negando que o bombardeamento tenha sido feito a um comboio, como afirmado por Israel. Esse acometimento foi efetivado no mesmo dia em que o principal líder da oposição síria declarou sua disposição em negociar com o governo do presidente Bashar Al-Assad. A atuação israelense foi tomada para evitar que o conflito sírio transbordasse para além das fronteiras? Para desestabilizar o governo de Assad? Ou foi um ataque premeditado para que reabrisse a discussão de uma intervenção pela ONU? O governo israelense não nega e nem afirma a ação militar. Desse modo e por si só, surgem estes questionamentos.
As únicas informações em relação aos ataques são transmitidas pela imprensa norte-americana, a qual afirmou que o alvo de Israel seria um comboio que entregaria armas e materiais para fabricação de mísseis ao grupo xiita – Hezbollah. Tal informação foi negada tanto pelo Hezbollah quanto pelo exército sírio.
É interessante também olhar o cenário com foco em um dos aliados do país atacante: os Estados Unidos. Os EUA se mostram contra o que vem ocorrendo em solo sírio e,em reunião com o Conselho de