O antigo regime: a encenação do poder real
Todos os passos do dia-a-dia do rei eram, encenados de modo a envaidecer a sua pessoa e a humilhar as ordens sociais. Cada gesto tinha um significado social ou político. Através da etiqueta, o rei controlava a sociedade. Um sorriso, um olhar reprovador assumiam um significado político, funcionando como recompensa ou castigo.
Quando falamos em encenação estamos a referir-nos ao Teatro, teatro esse que se passava na corte, ou seja, no palco.
A corte implicava submissão, ou seja, na corte quem mandava era o rei, e existiam regras. Não se podia olhar fixamente para o rei, e ao sair do palácio tinham que sair de costas para o rei, pois olhar fixamente para o rei era uma enorme falta de respeito.
Na encenação a música era muito importante, nesse tempo utilizava-se na corte, música barroca, sendo o seu expoente máximo Bach. O instrumento utilizado era o cravo, uma espécie de piano. Além da música, também o estilo era barroco, tudo era exagerado, sem limites. Quando falamos em excessos, falamos em barroco. Mais tarde o barroco passou a ser rococó (deriva da palavra rocaille).
Luís XIV, que se intitulou de Rei-Sol, dizia que a imagem também era muito importante, pois era dela que se pretendia. Hoje em dia ter um mau aspecto é rejeitado a nível profissional, e nesta época também era um pouco assim, era uma maneira de saber quem era do povo ou da Nobreza.
Até mesmo os vestidos eram importantes. Os reis e as pessoas da Nobreza usavam fatos elegantes. As crianças eram vestidas com roupas iguais à dos adultos. Existiam crianças mas desde muito pequenos que eram dadas e vestidas como adultos, podemos chamar-lhes mini adultos.
Tudo tinha a sua simbologia. As estátuas que tinham pessoas sentadas em cima de cavalos era sinal de importância, tornavam-nas