O ano de 1989 entrou para a história como o ano em que tiveram início as revoluções que modificaram para sempre a ordem mundial e puzeram fim à Guerra Fria. O ano também foi particularmente especial para a população brasileira, que no dia 15 de Novembro celebrou o centenário da proclamação da república em um clima de espectativa e fé no futuro, devido às eleições democráticas para a presidencia do país, que ocorrerão no dia 17 de dezembro daquele mesmo ano, as primeiras após décadas de ditadura militar. A história nos conta, no entanto, que e o clima de alegria e esperança que veio com a eleição de Fernando Collor de Mello se transformou em tristeza e decepção devido às inúmeras denúncias de corrupção que culminaram em seu impeachment anos mais tarde. No âmbito internacional, os acontecimentos de 1989 foram de tão imensa magnetude que seriam simplesmente inimagináveis poucos anos antes. O mundo naquele ano ainda se encontrava sob a égide da Guerra Fria e sua divisão de Estados sob as órbitas capitalista e socialista. No início daquele ano, no dia 20 de janeiro, do lado capitalista, George H. W. Bush tomou posse como o 41º Presidente dos Estados Unidos. No ano seguinte, o presidente americano daria início a chamada Guerra do Golfo. Do outro lado da corina de ferro, no dia 05 de fevereiro de 1989, as tropas soviéticas se retiraram do Afeganistão após fracassados os seus objetivos. O lado comunista dava sinais de fraqueza, os programas de reestruturação da União Soviética vinham indicando isto ao mundo, no entanto nada pode prever a queda do muro de Berlim no dia 9 novembro de 1989. Não só de notícias revolucionárias se fizeram as manchetes internacionais dos grandes periódicos naquele ano. No dia 07 de abril de 1989, dia do meu nascimento, a Folha de São Paulo publicou em seu caderno de economia o crescimento ecônomico de 3,7% dos 12 países que então compunham a Comunidade Economica Européia no ano de