O alto preço da solidariedade

O Alto Preço do Materialismo e a Idiotização das Massas

“Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo em que nos morde.”
(Friedrich Nietzsche)

Se pararmos por alguns minutos para analisar o mundo em que habitamos, reparamos que, de certa forma, vivemos pelo dinheiro, pelo poder aquisitivo. Como “tempo é dinheiro”, porém, quase não o fazemos - um fato lamentável. Nunca houve tanto desenvolvimento tecnológico como agora: as noticias se espalham em tempo real, a medicina se supera a cada dia, cruzamos o mundo em algumas horas, visitamos a lua, prevemos o clima, guardamos uma quantidade incrível de informações em um pequeno pen drive... E a antiga busca pela felicidade continua - temos a impressão de que talvez, hoje, estejamos mais distantes da resposta do que nunca. Nas escolas, somos impulsionados a nos prepararmos para a competição constante que é o mercado de trabalho: temos que nos formar em algo de que gostamos, mas que, acima de tudo, nos dê a possibilidade de enriquecer, de subirmos um pouco nessa complexa rede de empregados e empregadores que forma o mundo atual. É quando caímos no dilema de ter que escolher entre fazer o que gostamos ou o que nos de dinheiro que percebemos o preço que pagamos pelo materialismo. A frustração chega quando nos damos conta de que, na verdade, não podemos nos posicionar sobre essa questão - simplesmente, temos que pagá-lo. A tecnologia que criamos, hoje, é usada para nos dominar. O alto alcance da mídia vem sendo usado para “idiotizar” a população, nos impulsionando a comprar cada vez mais, a nos esforçarmos mais para termos mais. Quanto mais adquirimos, mais queremos ter. Ao ir a um centro comercial, o consumidor e bombardeado ainda mais, sendo super encorajado a comprar, mesmo que não o seja fundamental ou até mesmo útil. Os produtos são lançados com uma data marcada para o lançamento da nova versão, e assim, como pequenos peões em um tabuleiro de xadrez, vamos comprando um a um,