O alienista
O Alienista conta a história de Simão Bacamarte, um grande médico, muito conceituado na Espanha e em Portugal, que decide entrar para a área da psiquiatria, estudando os aspectos da loucura, classificando os seus graus. Ele se instala na vila de Itaguaí, onde abre a “Casa Verde”.
A Casa Verde trata-se de um hospício onde Bacamarte usava cobaias humanas para realizar seus experimentos sobre a loucura. De um modo inesperado, ele começa a internar todas as pessoas que ele considere desequilibradas e loucas. Para isso, ele usa critérios totalmente sem noção, como por exemplo, pegar um simples poeta que usa metáforas em suas obras, pessoas vaidosas, supersticiosas, bajuladoras, entre outras. Até mesmo D. Evarista, sua esposa, foi considerada louca pelo simples fato de estar indecisa sobre com que colar iria a uma festa.
No início, a vila de Itaguaí apoiou o que o Alienista estava fazendo. Entretanto, os exageros cometidos por ele deram origem a uma revolta popular, a rebelião dos canjicas, liderada pelo barbeiro Porfírio. Porfírio acaba vencendo, mas em seguida compreende a importância da Casa Verde e começa a apoiar Simão Bacamarte. Após isso, é feita uma intervenção militar e todos aqueles que se rebelaram são presos no hospício, trazendo de volta o prestígio do Alienista.
Entretanto, Bacamarte vê que 80% da população da vila internada é um caso para se repensar. Com isso, ele muda drasticamente o seu método, invertendo os critérios de internação, passando a trancafiar a minoria: os sinceros, leais, respeitosos e honestos. Mesmo assim, ele percebe que os germes do desequilíbrio mental ainda continuam a aparecer, porque já estavam presentes em toda a população.
O Alienista então começa a analisar a situação e chega a conclusão de que é o único homem sadio de Itaguaí. Por conta disso, o mesmo internou-se na Casa Verde e faleceu exatamente dezessete meses depois. Mesmo com os boatos de que era ele, o único louco da vila, ele recebeu