O AGIR FILOSOFICO

O AGIR FILOSOFICO
Acredito que o agir filosófico para ocorrer precisa de algumas condições: antes de mais nada é preciso estar com os sentidos abertos e a mente clara – tais requisitos são a cada dia mais difíceis de conseguir – talvez seja por isso que por tanto tempo a filosofia foi retirada da escola, a poluição visual e sonora distrai nossa mente e a preenche com excesso informações e, tal qual o intestino que pelo excesso de comida não trabalha, deixa o sujeito “enfezado”.

Quando conseguimos isso, somos como a terra limpa e preparada para receber a semente, essa seria o espanto. Não se vai atrás do espanto, ele acontece quando estamos preparados – o ser humano é um ser surpreendente e altamente mutável, é fácil acontecer o espanto quando se tem amor pelo humano.

Desse ato de amor, entre o ser devidamente preparado com sentidos abertos e mente clara e o humano, são gerado os conceitos. Esse processo envolve muito mais que os dois amantes, assim como qualquer filho herda características de seus ancestrais, o filósofo mulher dessa relação já que irá gestar um conceito, só poderá passar bons genes a seu filho se tiver em si uma boa conexão com a tradição filosófica.

Como qualquer ato de amor, a filosofia aspira a verdade, beleza e a paz, dessa forma todos os conceitos tecidos em seu ventre se direcionam para a realização dessas aspirações. O filosofo se encontra profundamente ligado com a humanidade, não apenas como observador critico, mas como participante e responsável pelas mudanças, pela fuga do comodismo, afinal o filosofo nunca está satisfeito, seu olhar sempre permite ver algo a ser aprimorado.

Filosofar é pensar profundamente, com uma mente que verdadeiramente quer compreender aquilo com o que está se relacionado, ou seja a humanidade, buscando soluções novas para antigos problemas, tem consciência que constantemente precisa se adaptar a esse mundo em transformação. Dessa forma, filosofar jamais pode ser um simples opinar levianamente.