O afastamento da realidade
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O afastamento da realidade Em uma situação de troca de informações sobre hábitos, culturas, situações econômicas e políticas de determinado país ou continente, o que é mais comum? O receptor da informação guarda a opinião e visão recebida pra si, sem ao menos questionar, ou pesquisar sobre tal região, colendo mais informações, e posteriormente concluir uma ampla visão acerca da situação em questão? Infelizmente, é mais comum recebermos uma informação e logo arquivamos em nosso acerco de opiniões alheias, sem ao menos pestanejar. Dessa maneira o Mundo atual é dividido e conhecido por ideias gerais. São assim que civilizações, culturas e povos são difundidos, sem aprofundamento. As nossas vidas, as nossas culturas, são compostas por muitas histórias sobrepostas. A romancista Chimamanda Adichie conta a história de como descobriu a sua voz cultural - e adverte que se ouvirmos apenas uma história sobre outra pessoa ou país, arriscamos um desentendimento crítico. Chimamanda desenvolve um descurso com base na sua vivencia fora da Nigéria, onde pessoas com as quais ela teve contato ficavam impressionadas com a vida e cultura que a Nigeriada relatava ter.
“quando deixei a Nigéria para cursar universidade nos Estados Unidos. Eu tinha 19 anos. Minha colega de quarto americana ficou chocada comigo. Ela perguntou onde eu tinha aprendido a falar inglês tão bem e ficou confusa quando eu disse que, por acaso, a Nigéria tinha o inglês como sua língua oficial.” O que Chimamanda Adichie tem a compartilhar é muito importante, mais do que isso, enquanto a ouvimos falar sobre a realidade da Nigéria, percebemos muitas similaridades com questões facilmente encontradas aqui no Brasil, como aqueles que se deliciam com a leitura a despeito das insistentes afirmativas de que brasileiro não lê; que largam trabalhos burocráticos para abrir uma editora; que abrem negócios e fracassam, mas não desistem; que confrontam todos os dias problemas com uma infraestrutura fracassada