Necessidades Nutricionais
As recomendações nutricionais devem ser sempre adaptadas para uso clínico, considerando-se as variações interindividuais do crescimento puberal e também a realidade social, os custos diários e mensais atualizados e os estilos de vida da maioria dos adolescentes brasileiros. Energia As necessidades calóricas podem ser estimadas em kcal/cm de altura, variando com a idade e o sexo, e acrescentando os gastos extras com as atividades diárias. O consumo máximo para o sexo feminino deve ser estimado em torno de 2.500 kcal na época da menarca, o que ocorre, em média, entre os 12 e 12,6 anos de idade, diminuindo progressivamente, para 2.200 kcal. Para o sexo masculino, as necessidades de ingestão calórica aumentam com o estirão puberal até cerca de 3.400 kcal em torno dos 15-16 anos, diminuindo depois para 2.800 kcal, até o final do crescimento. Pode-se também calcular as necessidades energéticas utilizando as equações para gasto energético basal (GEB) com o acréscimo do fator de crescimento mais o de atividade por faixa etária, segundo os dados da FAO.
Proteínas
As necessidades protéicas geralmente coincidem com as necessidades máximas de energia durante o estirão puberal e podem ser estimadas em torno de 12 a 15% do total calórico para o sexo feminino, e em torno de 15 a 20% para o sexo masculino. Importante considerar um aumento em adolescentes que se exercitam muito ou que vivem em “dietas restritivas auto impostas”, como nos casos de anorexia nervosa.
Gorduras
Servindo como fonte concentrada de energia (9 kcal/g), além de servir de veículo para as vitaminas lipossolúveis e de graxos essenciais, suprindo cerca de 30% das necessidades. Durante a velocidade máxima do estirão puberal, os adolescentes necessitam de tanta energia que, sem as gorduras, a dieta ficaria volumosa e intragável. Sempre importante diminuir a porcentagem de gorduras totais e saturadas, e, assim, influenciar os efeitos benéficos sobre o perfil lipídico e a