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O especialista em fisioterapia respiratória tem sido cada vez mais solicitado e sua presença nas Unidades de Terapia Intensiva cada vez mais freqüente, porém sua formação e qualificação nem sempre são suficientes para a plena atuação nesse ambiente tão exigente quanto a competência da equipe multiprofissional. Fazse necessário que o fisioterapeuta seja habilitado por uma sólida formação e bagagem prática para indicar, escolher e aplicar condutas específicas da fisioterapia respiratória na resolução de casos complexos, caso contrário, tanto a efetividade do trabalho pode ficar comprometida quanto os riscos ao paciente podem aumentar de forma proibitiva.
Como exemplo de uma atuação bem sucedida, citamos um caso de atelectasia lobar aguda por acúmulo de secreção brônquica. A fisioterapia respiratória é a principal indicação nestes casos, visto que envolve condutas não invasivas e de comprovada eficiência(1). A paciente de 22 anos vítima de acidente automobilístico, com fratura de vértebra C2, lesão medular interrogada e submetida à instalação de tração craniana por halo, foi internada na UTI do Hospital Universitário
Regional do Norte do Paraná, em Londrina/PR.
Após melhora clínica inicial, a paciente desenvolveu Insuficiência Respiratória Aguda, sendo necessária a instalação de ventilação mecânica invasiva que, mesmo com parâmetros ventilatórios elevados (modalidade pressão controlada com 18 cmH2O de pressão, PEEP de 12 cmH2O, FiO 2 de 60%), não foi suficiente para garantir oxigenação e ventilação alveolar adequadas (PaO 2 de 61 mmHg e PaCO 2 de
55mmHg).
Avaliada a complacência estática (18 ml/cmH2O), realizado exame clínico (hemitórax direito apresentando murmúrio vesicular abolido, macicez à percussão e diminuição da expansibilidade de caixa torácica) e radiograma torácico (velamento total de pulmão direito, com desvio de estruturas