N-hexano
Os efeitos crónicos ocorrem após exposições prolongadas ao n-hexano. Estes efeitos manifestam-se no sistema nervoso periférico, através da intumescência dos axônios e desmielinização de fibras nervosas. O n-hexano é metabolizado através da oxidação pelas enzimas hepáticas para 2,5-hexanodiona. Durante a exposição crónica ao n-hexano, o metabolito 2,5-hexanodiona leva, através de reacções químicas, à perda de cargas eléctricas positivas das proteínas axonais, resultando num bloqueio axonal e na degenerescência de axônio distal.
• Absorção e penetração
Sendo volátil e lipossolúvel, o n-hexano é absorvido pela via respiratória (15% do total inalado) e através da pele. A absorção e a distribuição nos tecidos e órgãos (incluindo o sangue) são rápidas. Há pouca informação acerca da absorção, transformação e mobilização do n-hexano. Sabe-se que, é muito pouco solúvel na água e a absorção ocorre principalmente por vapores inalados. A solubilidade do n-hexano na água é aumentada pela presença de metanol. (4)
A quantidade absorvida através da pele é extremamente pequena, mas é contudo mais significativa, se o n-hexano se encontrar misturado com outros solventes. A exposição a concentrações entre 1000 ppm e 10000 ppm (3520-35200 mg/m3) resulta em níveis de n-hexano encontrados em apenas 30 minutos no sangue e 2 horas nos outros tecidos e órgãos tais como, fígado, rim, pulmão, cérebro e nervo ciático. (4)
• Distribuição e fixação nos tecidos
Nos mamíferos, o n-hexano é rapidamente absorvido nos pulmões e é distribuído igualmente no corpo de um adulto como nos tecidos fetais.
Na corrente sanguínea o n-hexano é distribuído através das lipoproteinas plasmáticas, tendo afinidade para o sistema nervoso, rico em gorduras.
Os picos de maior concentração de n-hexano em laboratório foram encontrados nos nervos periféricos (nervo ciático).
As concentrações médias no sangue, nervo ciático, fígado e pulmão, são directamente proporcionais