MUDANÇAS NO ESTADO CAPITALISTA E SUAS REPERCUSSÕES NA PROTEÇÃO SOCIAL DO BRASIL*
Bárbara Viana de Abreu e Silva**
Francisca Nayanndra Lima Vieira**
1. INTRODUÇÃO
Para se abordar sobre as mudanças no estado capitalista, Pochmann (2004) refaz todo o processo da instituição e a apresentação das três principais condicionantes que se fizeram presentes na fundamentação das estruturas do Estado de Bem-Estar Social, que são a lógica industrial moderna, a democracia de massa e a sociedade salarial que, depois de três décadas, passaram por crises estruturais.
Nessas crises, Iolanda (2009) vem abordar as tendências de reestruturação das reformas políticas do Brasil tendo em vista a reforma do Estado e a abrangência do capital neoliberal. Ela nos fala que a crise e reforma do Estado constituem um consenso a partir de duas perspectivas: as demandas postas pelos movimentos sociais de democratização na relação Estado/sociedade e a visão conservadora - desestatizante que defende os interesses das classes dirigentes e do grande capital internacional.
Devido a todo esse processo, no Brasil pode-se observar mudanças no tratamento dado à Proteção Social.
2.REFORMA DO ESTADO E REESTRUTURAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS
No processo de análise da estruturação da Proteção Social no Brasil, na época do Estado de Bem-Estar Social, Pochmann relata que deve-se conceber ao país a condição de periférico, que “não consegue combinar o crescimento econômico com a construção de uma sociedade justa, democrática e socialmente menos desigual” (POCHMANN; 2004, p.8). Assim como também aborda Dathein ao analisar a estruturação do mercado de trabalho do Brasil, entre 1940 e 1980, no qual afirma que o crescimento econômico não foi suficiente para gerar desenvolvimento social, o que repercutiu em varias críticas tanto do lado liberal, que pregavam uma menor participação do Estado na economia, como no lado esquerdista, que queria avançar no processo de distribuição de renda.
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