A concepção materialista da história e o marxismo na historiografia do Rio Grande do Sul
“Ao nos referirmos ao termo materialismo logo o associamos ao marxismo.” (pág. 179)
Este é um erro muito comum de acontecer, a associação do materialismo histórico ao marxismo. O termo materialismo, na verdade, “criado” por Adam Smith, economista escocês cujo Marx estudou. Esta associação do termo à corrente teórica marxista, acontece porque Karl Marx o desenvolveu de melhor forma por isso sua corrente teórica está ligada ao materialismo.
“A proposta de identificação de estágios de desenvolvimento na história das sociedades foi uma importante base para o desenvolvimento do pensamento de Karl Marx.” (pág. 179)
A proposta marxista lembra em vários aspectos a positivista. Um desses elementos é a questão de estágios desenvolvimentistas das sociedades. Assim como para Comte existe o estado teológico, metafísico e positivo, para Marx existe o comunismo primitivo, escravismo, feudalismo, pré-capitalismo (ou mercantilismo), capitalismo, socialismo e enfim, comunismo. A semelhança de ambas as propostas dá-se por conta do contexto no qual Comte e Marx desenvolveram suas teorias, por isso a forte influência evolucionista.
“Eric Hobsbawm definiu o conceito de materialismo histórico em uma frase: ‘Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência’”. (pág. 180)
Esta premissa teórica ilustra bem a concepção materialista histórica. Partindo de uma visão que não era nem inatista e nem empírica, o materialismo histórico é quase que um amálgama destas duas vertentes filosóficas. Para os materialistas, o empírico não determina quem sou eu, da mesma forma que eu não nasço determinado, ambas se complementam. Sem a