Modernismo em Portugal
No início do Séc. XX, havia um sentimento geral de que não era mais possível renovar a arte tradicional. As escolas literárias repetiam suas fórmulas. A superficialidade convivia com a crença de que a evolução tudo comandava e pouco cabia ao homem nesse processo.
No entanto, um movimento forte e amplo - o Modernismo - viria dar fim a este marasmo e implantar o inconformismo.
Modernismo, não foi apenas produto de uma evolução estética: ele decorreu de todo um estado de espírito formado pela cultura da época e que repercutiria em todas as artes, integrando literatura, pintura, música arquitetura, cinema, etc. A primeira Guerra Mundial foi o grande divisor das águas...
1ª geração - o Orfismo : Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros e outros;
2ª geração - o Presencismo: José Régio, João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca e outros;
3ª geração - o Neo-Realismo: Alves Redol, Ferreira de Castro, Jorge de Sena e outros.
Poesia de Fernando Pessoa
Sua obra é caracterizada pela busca da despersonalização e da fragmentação do eu do poeta em múltiplas personalidades o que possibilita a criação de um universo literário em que sinceridade e fingimento são discutidos de maneira rica, densa e intrigante. Para compreendê-lo é fundamental conhecer a produção de seus heterônimos.
OS HETERONIMOS DE FERNANDO PESSOA
Sua capacidade de deixa-se possuir por outros seres, que como ele são poetas, e de assim criar os outros eus, os heterônimos, tem sido tema de numeráveis estudos debates e controvérsias. Destruiu as certezas inquestionáveis e quebrou o mito da personalidade como algo inteiro, algo assim mesmo.Os heterônimos, portanto, não são máscaras literárias, não se confundem com pseudônimos. Pessoa não inventou personagem-poetas, mais criou obras de poetas, e, em função delas, as biografias de Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, seus principais heterônimos.