L VY

LÉVY, Pierre. 0 que e 0 virtual? / Pierre Levy; tradução de Paulo Neves. - São Paulo: Ed. 34, 1996. Pág. 46 à 49.
O Ciberespaço, ou a virtualização do computador Lévy discute a importância do ciberespaço ou a virtualização do computador além do mero passar do papel para o computador afim de abrir espaço para discutir a desterritorialização do texto. Afirma que a informática contemporânea durante muito tempo balcanizada - até recentemente pelos programas de computador com soft e hardware - desconstrói o computador dando lugar a uma nossa perspectiva de um espaço de comunicação navegável, transparente, centrado no fluxo de informações. Esse universo que antes era só de computadores e velado a marcas específicas, torna-se moderno e versátil. Memórias, processadores etc. são achados em outros aparelhos eletrônicos como telefones, rádios, câmeras etc. criando assim um hiperespaço, onde o computador não é um centro mas um pedaço, um fragmento da trama e suas funções são pulverizadas e invadem em cada função do tecnocosmo. Pierre Lévy pondera ainda que tornou-se impossível traçar os limites do computador cujo o centro está em toda parte e as fronteiras em nenhuma, um computador hipertextual, disperso, vivo, inacabado, virtual, um computador de Babel: o próprio ciberespaço.
A Desterritorialização do texto O hiperdocumento na web é construído por milhões de pessoas e instituições ao redor do mundo. Para que os elementos tenham um endereço é necessária uma reserva textual de vários modos, bem como um estoque sem forma definida e suficientemente delimitado além disse é preciso um conjunto de estruturas, percursos, vínculos ou redes de indicadores, que representam organizações particulares, seletivas e subjetivas do estoque. Onde cada indivíduo, cada organização, são incitadas não apenas aumentar o estoque, mas propor aos outros cibernautas um ponto de vista sobre o conjunto, uma estrutura subjetiva. No ciberespaço, como qualquer ponto é diretamente acessível a