Resumo sobre Etnocentrismo e L vy bruhl

Etnocentrismo
Esse termo foi criado em 1906 pelo americano Willian G. Summer, em seu livro Folkways. Segundo sua definição “o etnocentrismo é o termo técnico para esta visão das coisas segundo a qual nosso próprio grupo é o centro de todas as coisas e todos os outros grupos são medidos e avaliados em relação a ele [...]Cada grupo pensa que seus próprios costumes (Folkways) são os únicos válidos e se ele observa que outros grupos têm outros costumes, encara-os com desdém.” (citado por Simon [1993, p. 57])
Alguns exemplos de etnocentrismo:
O mundo greco-romano antigo qualificava de “bárbaros” todos os que não participavam de sua cultura. Na Europa Ocidental, o termo “selvagem” será utilizado no mesmo sentido, para jogar para fora da cultura e natureza, os que não pertenciam à civilização ocidental. Com essas atitudes os ditos civilizados se comportam como bárbaros, assim descrevia Lévi-Strauss que “ o bárbaro é primeiramente o homem que acredita na barbárie” [1952].
O etnocentrismo pode tomar formas extremas de intolerância cultural, religiosa e até política, como observamos atualmente com os atos dos radicais islâmicos, como também formas sutis e racionais.
Em ruptura total com esta concepção, a antropologia cultural introduz a ideia de relatividade das culturas e de sua impossível hierarquização a priori. E ela recomenda, para escapar a qualquer etnocentrismo na pesquisa, a aplicação do método de observação participante.

Lucien Lévy-Bruhl e a abordagem diferencial
Considerado como um dos fundadores da disciplina etnológica francesa, foi um dos primeiros pesquisadores a consagrar uma grande parte de seus trabalhos ao estudo das culturas primitivas. Criou em 1925 o Instituto de Etnologia da Universidade de Paris, onde foi formada a primeira geração de etnólogos de campo. Já colocava a diferença social no centro de sua reflexão desde 1910, quando escreveu o livro As Funções Mentais nas Sociedades Inferiores.
Lévy-Bruhl se esforçava para contestar a teoria do