H Um G Nero Mais Adequado Para Determinada Fun O 1
Elaborado por Cinara Santos
(2011)
Carolina prestou concurso público para cargo técnico de hidrotécnico, com a finalidade de trabalhar na área de geologia, a qual escolheu como profissão. Foi aprovada em terceiro lugar no concurso, assumindo o cargo pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Assinou contrato de experiência por 90 dias e, dentre as atividades inerentes ao seu cargo, previstas no edital do concurso, Carolina foi designada para um trabalho de campo (medir o nível dos rios), na companhia de mais dois funcionários do órgão: Paulo, que é técnico de nível médio, e Marcio, ajudante. Paulo deveria ser o seu orientador e supervisor nas tarefas e nos trabalhos de campo, a fim de que ela pudesse realizar um bom trabalho e acumular aprendizado.
Contudo, durante a realização das atividades, Carolina não recebeu nenhuma orientação, e muito menos ajuda das pessoas que deveriam instruí-la nos atos realizados. As tarefas de nivelamento de réguas, medição de vazão, mediação de descarga sólida, entre outras, foram executadas pela técnica sem qualquer esclarecimento ou supervisão.
No segundo trabalho de campo, repetiram-se os mesmos incidentes em relação à falta de orientação.
Para Regina, chefe imediata de Carolina, o cargo de hidrotécnico deveria ser exercido por um homem por se tratar de trabalho que exige muito esforço e força física. Quando Carolina chegou da segunda viagem de trabalho, foi informada da existência de duas avaliações sobre sua atividade profissional – uma feita pelo supervisor e a outra pela chefe imediata – que recomendavam a sua demissão. Regina afirmou verbalmente que a funcionária não possuía qualificações para continuar em tal cargo.
Carolina, então, questionou o fato de Regina ter feito a avaliação sem qualquer acompanhamento ou supervisão de campo, mas a chefe deixou claro que uma mulher não teria o mesmo desempenho de um homem naquela área. Carolina ainda insistiu