G PED DIDP 3 1 02

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Aula: 02
Temática: A Disciplina Didática em seu processo histórico
Na aula anterior mencionamos que as correntes do pensamento científico do final do século XX e início do XXI distanciaram-se desse modelo de explicação causal linear. Por exemplo, as pesquisas do Grupo Interdisciplinar do Instituto Santa Fé nos
Estados Unidos, demonstraram que a maior parte da natureza é não linear, não sendo, então, facilmente previsível. Um bom exemplo da não linearidade da natureza é o tempo atmosférico, no qual muitos componentes interagem de modo complexo e configuram uma notória imprevisibilidade.
Os ecossistemas, as entidades econômicas, os embriões em desenvolvimento são outros bons exemplos de “dinâmica complexa”, que desafiam a análise ou simulação matemática (LEWIN, 1994).
Nos sistemas não lineares, pequenos estímulos podem levar a resultados inesperados, como o denominado “efeito borboleta”: uma borboleta bate as asas na floresta amazônica e põe em movimento uma série de acontecimentos que desencadeiam uma tempestade de granizo em Porto Alegre. Com outras condições iniciais, a mesma mariposa pode borboletear à vontade e desencadear uma bela tarde de sol em Brasília. No modelo de explicação da realidade pelos sistemas não lineares, diferenças mínimas nas condições iniciais de qualquer processo podem produzir resultados diversos. Você pode imaginar o que significa aplicar a noção científica de sistema não linear a uma sala de aula? Pense na sala de aula como um sistema não linear; pense na quantidade de pessoas e estímulos implicados em uma sala de aula; pense na quantidade e qualidades das inúmeras trocas que acontecem na sala de aula.
Do mesmo modo que Comênio produziu sua Didática Magna em consonância com o conhecimento científico do seu momento histórico, os educadores do século XXI começam a pensar na situação didática da aula como um sistema não linear, no qual as diferenças mínimas nas condições iniciais do processo podem produzir resultados inesperados.
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