F Brica De Loucuras
Do mesmo diretor de “O preço de um resgate” (1997), “Uma mente brilhante” (2002), “O código Da Vinci” (2006), entre outros, o filme “Fábrica de Loucuras” (1986) - de Ron Howard, é uma produção hollywoodiana que tem como título original “Gung Ho”, expressão chinesa que significa “trabalhar juntos”. Distribuído pela Paramount Picture, seu gênero é definido como “comédia dramática”, porém caberia dizer que o enredo também pode ser considerado mais como um drama do que uma comédia a ele associada. Ou ainda, para não fugir do gênero a ele atribuído, e para lembrar Alves (2006), um drama que tende a se interverter em comédia.
É nesse sentido que a história da pequena cidade norte-americana chamada Handleyville muda drástica e repentinamente quando a única fábrica (de automóveis) da cidade, e maior geradora de emprego e renda aos habitantes do lugar, fecha as portas depois de 35 anos em atividade naquela cidade. Desesperados, os moradores sem emprego há pelo menos nove meses, por meio do poder público municipal local, decidem enviar um correspondente (Hunt Stevenson – um dos personagens principais, estrelado pelo ator Michael Keaton) à Tókio, no Japão, para tentar convencer os diretores-presidentes da Assan Motors Company a assumirem a fábrica e reinstalar, em solo americano, a planta de produção em massa.
Os moradores passam a ver Hunt, como é popularmente chamado, como o “salvador da pátria”, pois é nele que são depositadas todas as esperanças de dias melhores, haja vista a grande avalanche de fechamento de portas no comércio local, em uma cidade à beira da ruína, dependente que é das finanças geradas pela fábrica de automóveis. Essa perspectiva é bem retratada logo no início do filme, quando são apresentadas cenas em que Hunt, ao encontrar com sua namorada (Audrey), se desloca pela cidade e é saudado por quem o vê. Hunt sente-se confiante de sua missão, pois “quem resiste a essa cara de pau?” É o que ele diz para uma de suas interlocutoras, que o