E o Brasil daqui a 30 anos

“E o Brasil daqui a 30 anos? Será que vai?” Hoje, voltando da academia, me deparei com essa frase pichada em uma parede.
E o pior: realmente pensei, “como será que vai estar o Brasil daqui a 30 anos?”... Primeiro, penso que, pra sabermos aonde ele vai chegar, não se pode genericamente fazer essa pergunta: há de se fixar metas, objetivos, plausíveis e graduados, como há de se fazer sempre na vida.
Ninguém chega ao R$1 milhão sem antes desejar (e atingir) os R$100 mil; ninguém chega aos
90 kg sem antes desejar (e atingir) os 89 kg, e vice-versa; ninguém conquista, realmente, outrem, sem antes conquistar a si mesmo; ninguém atinge o grande cargo almejado sem antes realizar pequenas, mas significativas, conquistas.
E, pensando bem, um dos primeiros objetivos que podemos colocar pro Brasil no prazo de
30 anos, que, apesar de parecer longo, não o é diante da mudança de consciência a ser realizada, é que as manifestações não mais sejam feitas em detrimento do patrimônio alheio, começando pelo fato de não se pichar, sem permissão e em propriedade de outrem, quaisquer comentários/perguntas – mesmo que interessantes, como a que ora se discute.
Enfim, vejamos: um objetivo para o Brasil poderia ser, em 30 anos, chegar ao nível civilizatório de países de 1º mundo.
Se sim, penso que, em 30 anos, estaremos lá? Não. O Brasil é um país relativamente novo, cujos reflexos da colonização perduram, infelizmente, até os dias atuais; e não, não falo apenas sobre as localidades mais pobres e apolíticas, como aquelas em que se encontram os famosos capatazes e o voto de cabresto. A própria sociedade, “mais urbana e evoluída” politica e economicamente do Brasil (talvez havendo, inclusive, há de se admitir, correlação entre uma e outra), ainda sente resquícios disso, como, por exemplo, a forte segregação de classes, a existência de trabalhos equiparados, muitas vezes, à escravidão, e a forte ascensão social pela mera aquisição de algo diferenciado, como um carro.
Digo que, apesar de defender,