E tenho pena de não poder citar Ratzel na língua original….
O que é a corografia? Era uma das 20 questões que, há poucas semanas um Geógrafo, colocava na Revista Visão. Quem se lembraria disso…. Pois nem corretor ortográfico do Windows reconhece a palavra… Mas os Geógrafos sabem e sabem-no desde a Antiguidade, quando os primeiros “cientistas” estudavam diferentes áreas do saber, como a Matemática, a Geografia, a Astronomia, a História e a Filosofia, entre outras. Porque a ciência é feita por homens, logo tudo o que diz respeito ao Homem, ao meio onde vive, aos artefactos que produz, à sua constituição física e fisiológica, à sua mente, ou à forma e às razões como se organiza (financeiramente, espacialmente, socialmente…) fazem parte do conhecimento científico.
Qual é mais importante?
O que é mais estruturante? Saber as leis da atração universal ou saber os princípios de organização do espaço?
Qualquer cientista de cada uma das áreas defenderá a sua disciplina, o seu saber. Mas para quem é leigo nessas matérias, provavelmente, gostaria antes de saber como poderiam as duas servir para criar um conhecimento mais integrador, mais completo e porventura mais eficaz.
Por isso, quando se fala em disciplinas estruturantes ou não estruturantes …nada disso tem sentido, o que tem sentido é ter conhecimento e conhecimentos estruturantes.
Que me digam que os programas do ensino básico e secundário, estão desadaptados, são incongruentes, repetitivos e pouco estruturantes, aceito e aclamo. Agora que se pretenda que há ciência e línguas de primeira de segunda e de terceira categoria, já não aceito nem subscrevo. Num mundo, e em particular num país em crise, pode-se cortar em tudo, excepto na educação e penso que é nestes momentos de crise, como aliás, sempre, neste caso a História que nos diga, que surgem as oportunidades para fazer as mudanças “estruturais” que vão originar o conhecimento “estruturante”. A oportunidade é única (quer dizer, em Portugal não é tão única quanto