E política duas vocações”, max weber.
CAPÍTULO 1
A CIÊNCIA COMO VOCAÇÃO
“Os senhores me pediram que lhes falasse da ciência como vocação. Pois bem, nós, economistas, temos o costume pedante, a que me agradaria permanecer fiel, de partir sempre da análise das condições externas do problema.” (pág.25)
“Se posso falar de minha atitude pessoal, adotei a seguinte diretriz: pedia ao estudante que havia elaborado sua tese sob minha orientação que se candidatasse e “habilitasse” perante outro professor, em outra universidade.” (pág.27)
“Ultimamente podemos observar nitidamente que, em numerosos domínios da ciência, desenvolvimentos recentes do sistema universitário alemão orientam se em conformidade com padrões do sistema norte americano. Os grandes institutos de ciência e de medicina se transformaram em empresas de “capitalismo estatal”. É impossível administrar essas empresas sem dispor de recursos financeiros consideráveis.” (pág.27)
“Assim como acontece em outros setores de nossa vida, a universidade alemã se americaniza, sob importantes aspectos.” (pág.28)
“São inegáveis as incontestáveis vantagens técnicas dessa evolução, que se manifestam em quaisquer empresas que tenham, simultaneamente, características burocráticas e capitalistas.” (pág.28)
“Nota-se um abismo, tanto visto de fora quanto visto de dentro, entre essa espécie de grande empresa universitária capitalista e o professor titular comum, de velho estilo.” (pág.28)
“A organização universitária antiga tornou-se uma ficção, tanto no que se refere ao espírito, como no que diz respeito à estrutura.” (pág.28)
“No mundo todo, não me consta existir carreira em relação à qual o seu papel seja mais importante.” (pág.28)
“Se não apenas o valor mas o acaso desempenha papel tão relevante, culpa não cabe nem total nem principalmente às fraquezas humanas que se manifestam, por evidência, na seleção a que me refiro e em qualquer outra.” (pág.29)