E isso ai

Trabalho análogo à escravidão

A escravidão em sua forma mais pura baseia-se na ideia do cerceamento da liberdade dos indivíduos, em que, por meio de castigos ou sanções são contra sua vontade submetidos a trabalhos forçados e degradantes. Em 1888, no Brasil através da lei áurea a escravidão foi abolida, assim, botou-se um fim no direito legal de propriedade de um ser humano sobre outro. Já no ano de 1930, o Brasil assinou junto a OIT (Organização Internacional do Trabalho) um documento que elimina, em âmbito internacional, o trabalho forçado ou obrigatório em todas as suas formas.
Mesmo com as barreiras jurídicas já impostas, ainda nos dias atuais, nota-se a presença de trabalhos análogos à escravidão, como no caso das marcas de grife (Le Lis Blanc e Bo. Bô). Essas empresas terceirizavam a sua produção para confecções legais, que por sua vez, ao exceder o limite de produção repassavam o excedente para oficinas que atuavam em condições de trabalho semelhantes as da época da escravidão. As oficinas faziam uso de mão de obra imigrante boliviana, fato que facilitava a repressão sobre os trabalhadores, já que muitos deles viviam em condições ilegais. Esses trabalhadores moravam na própria oficina, faziam jornadas de trabalho que duravam em torno de 12h a 14h e conviviam em um ambiente muito precário no que condiz a higiene e segurança.
Os bolivianos saem de seu país de origem junto à família e amigos para enfrentarem condições precárias de trabalho e moradia na esperança de prover um futuro melhor para seus parentes. Ao chegar ao Brasil trazem na bagagem não só o pouco que tem, mas também sua cultura e seus costumes e é por isso que é possível encontrar em alguns bairros festas e feiras que reúnem música, comida típica, entre outros, proporcionando à esses imigrantes a sensação de estarem mais perto de casa, além de terem a oportunidade de ganhar dinheiro através do comércio de artesanatos típicos do seu país de origem. Nessas feiras existem pessoas que