E commerce

RESENHA Num primeiro momento o autor trata de uma determinada enfermidade denominada como "Lepra" responsável pela multiplicação dos leprosários em toda superfície da Europa durante o período da alta Idade Média, possibilitando Luís VIII à criação de regulamentos como forma de regras para mediar junto a administração destes estabelecimentos. Mas no final da Idade Média, a doença desaparece, as cidades voltam a abrir suas portas como se tivessem acordadas de um profundo pesadelo. Tal desaparecimento não se deu em decorrência de práticas médicas, mas em consequência do sistema segregativo, ou seja, distributivo. No final do século XV, aparece como sucessora da lepra outra enfermidade denominada como doença venérea, notadamente seu aparecimento foi em grande escala a ponto de serem confinados. Entendo que o internamento se deu como uma forma que o Estado obteve para demonstrar o seu poder, suprimindo os seus valores morais.
Em um segundo momento ainda no século XVII, o autor dá ênfase ao aparecimento de uma nova enfermidade tida como um novo espantalho a qual sucessivamente substituirá o lugar das anteriores, enclausurada como” loucura”, sendo entendida como o topo das fraquezas humanas, as pessoas com tal sintomas foram internadas nos locais onde funcionavam os leprosários, passando a funcionar como asilo. A loucura passou a ser uma espécie de objeto da medicina clássica cabendo ao médico o esclarecimento sobre a natureza da doença. Por fim não posso consentir que o sistema adotado na forma heterogênea como foi feito, poderia surtir eficiência ao tratamento em estabelecimentos com função semi-jurídica que visa o controle da disciplina e o ordenamento social e não ao efetivo tratamento terapêutico.
BIBLIOGRAFIA
FOUCAULT, Michel. A História da Loucura na Idade Clássica.1997. São