D BITO CARD ACO
A técnica mais utilizada para aferição do DC em pacientes críticos é a termodiluição. O princípio da termodiluição para aferição do DC foi descrito em 1954, e passou a ser utilizada clinicamente em 1972, com a associação da termodiluição ao cateter de artéria pulmonar. Esta técnica é baseada no princípio da diluição do indicador, onde 10 ml de uma solução cristalóide em temperatura ambiente, são injetados na corrente sangüínea em velocidade contínua e em triplicata através do lúmen localizado no átrio direito. Um termistor distal, localizado na artéria pulmonar, transmite para o computador as alterações de temperatura ocorridas pela solução em contacto com a temperatura corpórea. O computador constrói e integra uma curva, calculando o valor do DC em litros/minuto. Quanto maior a velocidade com que a solução é levada através do fluxo sangüíneo até o termistor distal, maior é o débito cardíaco, e quanto menor a velocidade, menor é o débito (Fig. 5).
Em pacientes com insuficiência tricúspide grave, arritmias cardíacas e shunts intracardíacos, a medida do DC pode não ser confiável. Fig. 5- Aferição do débito cardíaco ( DC ), utilizando- se o método da termodiluição. São injetados 10 ml de solução cristalóide em temperatura ambiente através do átrio direito ( AD ), que se misturam completamente com o sangue no ventrículo direito ( VD ). O fluxo sanguíneo resfriado pela solução é então transportado até o termistor localizado próximo da ponta do cateter, na artéria pulmonar ( AP ). A variação de temperatura é sentida pelo termistor, e transmitida para o computador, que constrói uma curva. O cálculo da integral desta curva corresponde ao débito cardíaco ( DC ).
Através dos novos cateteres de artéria pulmonar, podemos aferir continuamente o DC, utilizando- se o mesmo princípio da termodiluição, sendo que o próprio sangue aquecido pelo filamento térmico funciona como diluente.
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