Novo Banco de desenvolvimento dos BRICS
Anna Caroline Seilhe
Novo Banco de desenvolvimento dos BRICS: a perspectiva brasileira
1.Introdução
O mundo vê há alguns anos a necessidade de prestar especial atenção aos países em desenvolvimento com grande potencial, a partir disso com a formação dos BRICS os seus 5 países membros vem se articulando com o objetivo de cooperação Internacional para o desenvolvimento. O Brasil como membro desse grupo ganhou mais visibilidade e mais credibilidade na economia mundial o que acabou por fortalecer sua imagem no exterior como um ator influente, principalmente na América do Sul, sua principal zona de influencia. Durante a VI Cúpula dos BRICS, com a temática “Crescimento Inclusivo: Soluções Sustentáveis”, foram assinados dois documentos, o primeiro diz a respeito a criação do Novo Banco de Desenvolvimento que simboliza através de uma institucionalização dos BRICS uma ação real de confronto com ao FMI e os países desenvolvidos, uma vez que esse banco tem como objetivo o financiamento dessas economias em desenvolvimento. O segundo documento trata da criação de um fundo de 100 bilhões de dólares chamado Arranjo Contingente de reservas para combater futuras crises financeiras.
Apesar de constantes demandas dos países em desenvolvimento para uma reforma no FMI isso nunca ocorreu, o FMI funciona através de um sistema de cotas e se utiliza de um estrutura criada no pós guerra fria, em uma época que os Estados Unidos era o dono de metade do PIB global, e não reflete mais a economia mundial. A criação do Banco dos BRICS foi uma forma de ter outras opções que não sejam controladas pelos países desenvolvidos, como o FMI e o Banco Mundial, mas também foi um passo na direção de reestruturar a arquitetura da economia Mundial, a busca de um novo equilíbrio, com o seu centro um pouco mais ao Sul.
A ideia de criação do Banco dos BRICS foi dos economistas Joseph Stiglitz e Nicholas Stern durante a terceira Cúpula dos BRICS em Sanya, na China, em