A ética e a profissão forense

CONCEITO DE PROFISSÃO
Com enfoque principalmente moral, profissão é uma atividade pessoal, praticada de maneira estável e honrada, a serviço do próximo e do próprio benefício, de acordo com a sua vocação e em atenção à dignidade da pessoa humana.
Dentre alguns dos elementos contidos nessa definição, sobreleva a atividade à serviço dos outros. Para se exercer uma profissão, é necessário um grupo de pessoas organizado, com o trabalho dividido e cada um cumprindo a sua função definida, na consecução da finalidade social, que é o bem comum, favorecendo o desenvolvimento integral da personalidade humana.
As principais características da profissão é o espírito de serviço, a doação ao próximo e a solidariedade. O profissional que só pensa em si próprio, em seu bem-estar pessoal, não está seguindo a sua vocação, ou seja, não é alguém vocacionado. A profissão é a atividade desenvolvida para satisfazer o bem-estar próprio, mas sem deixar de pensar no bem dos outros, e sem deixar de atender o seu apelo vocacional.
A verdadeira vocação depende de fatores internos (personalidade, tendências, aptidões, temperamento, inclinação cultural...) vistos como potencialidade individual, e de fatores externos (mercado de trabalho, a valorização profissional, remuneração...) que não pode ser a única a incentivar a escolha de uma profissão.
Depois de escolhida a profissão, ela lhe dará condições e irá impor limites. Quando não verdadeiramente vocacionado, o profissional sentirá sua rotina de trabalho e suas restrições um fardo. Por isso a vocação há de constituir livre e consciente projeto de vida, assumindo assim um compromisso, de modo estável e honroso, afinal, se perdura por toda a vida.
A infração profissional é muito grave, pois, fere o seu projeto de vida, deixando de honrar o seu compromisso. Cooperação formal é quando se auxilia a prática de mal cometido por outrem, sendo então, reprovável. Cooperação material se resume à ação física, sem adesão da vontade, e essa prática é