Transições e desenvolvimento de carreira

Índice

1-Introdução p.2 2-A Carreira como desenvolvimento p.3 2.1- O paradigma superiano p.7 2.2-Problemas no paradigma p.13 3- Os Vectores da mudança p.19 3.1-A cultura do trabalho p.21 3.2-A dinâmica nas organizações p.25 3.3- O adulto em movimento p.29 4- O estudo das transições de vida de adultos p.32 4.1-Transições e mudanças de carreira p.35 5-Conclusão p.43 Bibliografia p.45

1-Introdução

O título do nosso trabalho, podendo parecer ambíguo ou até excessivo na sua ambição, procura no entanto reflectir algumas mudanças que têm sido introduzidas no modo de conceber e intervir nas carreiras. Essa mudança passa, em primeiro lugar, pela flexibilização dos modelos de desenvolvimento, quer face às diferenças das expectativas e estilos individuais, quer face às contingências e imprevisibilidade dos contextos sócio-económicos. Procuramos então apresentar alguns contornos da evolução das teorias da carreira, mas com especial atenção na vertente dos adultos. Como sabemos, esta última foi bastante esquecida na tradição da psicologia vocacional, mais preocupada com problemas anteriores à entrada no mundo do trabalho. Mas como trabalhar vocações ou interesses, como desenvolver competências, desconhecendo o mundo laboral, as organizações, as transições que podem acontecer no adulto? Procurar o adulto é então, também, falar em nome dos jovens.
2.A Carreira como desenvolvimento

“ The pioneers of career development are people from four disciplines. They are differential psychologists interested in work and occupations, developmental psychologists concerned with “ the life course, “ sociologists focusing on occupational mobility as a function of social class, and personality theorists who view individuals as organizers of experience”

(Super, 1990,p.197, cit. in Herr e Cramer, 1992, p.151)

Esta referência de Super aos