A voz do desejo - Freud sobre religião
Esse trabalho tem como objetivo analisar a visão de Freud sobre religião: mais especificamente, analisar e apresentar os textos: “A Voz do desejo” e “Religião e Ilusão”. Segue, nessa introdução, um pequeno prospecto histórico do contexto da época.
Sigmund Schlomo Freud (curiosamente nascido com o nome de Sigismund Schlomo Freud, mas trocou seu nome mais tarde) nasceu no dia 6 de maio de 1856 na República Tcheca, em Freiberg. Ele era um medico neurologista e é considerado o pai da psicanálise moderna. Após seus estudos universitários, tornou-se adepto da técnica da hipnose para tratar histeria, porém, ao observar a melhoria dos pacientes de um outro psicólogo que também tratava de histeria, Jean Charcot, chegou a conclusão de que a doença não era orgânica e sim psicológica, e abandonou, portanto, o uso da hipnose. A suposição de que a causa dessa patologia era psicológica serviu de base para outros conceitos de seus estudos, como por exemplo, o inconsciente.
Freud também é conhecido por outras teorias como a dos mecanismos de defesa e a da repressão psicologica, e foi responsável por inovar o papel do psicológico na relação entre paciente e analista através do diálogo.
Desenvolvimento A teoria psicanalítica de Freud divide a psique humana em 3 estruturas - o id, o ego e o superego – e esses conceitos são fundamentais para entender como ele encarava a relação do homem com a religião. O id é a estrutura do modelo triádico do aparelho psíquico que é responsável pelos impulsos primitivos do homem – os seus desejos. O id não mede conseqüências, ele só quer agir segundo o princípio do prazer, o que quer dizer que ele busca gratificação imediata e evita dor. O id não avalia a racionalidade, a moralidade e valores sociais; ele é apenas o lado antissocial, egoísta e animal do homem. O ego é aquele que adapta os impulsos do id ao mundo real, de forma que se obtenha o