A VIDA A DOIS
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Roque Strieder2
Rose Laura Gross Zimmermann3
Aprendi que se depende sempre. De tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é a marca das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. E é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho, por mais que pense estar
(Gonzaguinha)
Resumo
A inclusão, escolar e social, exige mudança de mentalidade, mudança nos modos de vida, muitas reflexões e, como princípio fundamental, valorizar a diversidade humana. O estudo pretendeu conhecer e entender como a inclusão se efetiva, que mudanças se fazem necessárias para a aceitação dos diferentes e quais as possibilidades de aprendizagem nesse novo momento da educação. Considera-se prioritário a construção de imaginários e ações de aceitação das diferenças, apostando na cooperação, ajuda mútua, interdependência e convivência. Buscou-se conhecer a posição de professoras sobre ações de aceitação dos diferentes. Usou-se a entrevista semiestruturada junto a professoras de escolas da rede municipal de educação de SMOeste/SC, polo regional que sediou dois eventos, apoiados pelo MEC, sobre educação inclusiva. O processo inclusivo é frágil e falta o imaginário da aceitação do diferente como diferente; existem fragilidades no processo de formação profissional; atividades pedagógicas diferenciadas resultam de iniciativas particulares de professores; não há um compromisso coletivo da comunidade escolar com o processo inclusivo. Conclui-se que: a inclusão escolar continua tema aberto e de muitas entradas para reflexão; a efetivação da educação inclusiva é ainda muito incipiente; as maiores dificuldades estão no não reconhecimento do outro como diferente e na não aceitação dessa diferença; faltam colaboração e consenso na redefinição de procedimentos didáticos pedagógicos capazes de qualificar a aprendizagem
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