A vida por um tuíte

Resenha crítida de “A vida por um tuíte”
Recentemente – em março do ano corrente – a revista “Piauí” trouxe aos leitores em sua centésima segunda edição um artigo do escritor galês Jon Ronson chamado “A vida por um tuíte”; este é parte integrante do livro “So You’ve Been Publicly Shamed” (que em tradução livre quer dizer “Então você foi envergonhado publicamente”), obra que será lançada no Brasil somente em 2016.
O artigo aludido traz alguns casos de pessoas que tiveram suas vidas devastadas pelas dimensões tomadas por determinados comentários, tenham sido eles publicados em redes sociais ou simplesmente testemunhados por terceiros e só então disparados na web. A turba gerada por temas racistas, preconceituosos ou que provoquem ofensas em geral é evidente; pessoas se unem e disparam sua revolta diante de situações julgadas como inaceitáveis, provocando um verdadeiro linchamento eletrônico.
O próprio autor admite ter contribuído para uma situação desse tipo, ao compartilhar o trecho de uma coluna escrita pelo crítico Adrian Anthony Gill – que costumava fazer rígidas críticas às obras de Jonson –, onde o mesmo se vangloria de ter caçado um babuíno durante um safári na Tanzânia. O posicionamento do autor no artigo, no entanto, consiste em entrevistar pessoas que se tornaram alvo de uma turba por conta de comentários infelizes, afim de entender quais eram os impactos causados em suas vidas após tanta exposição negativa.
A história da norte-americana Justine Sacco é a primeira a ser relatada. Pouco tempo antes de embarcar em um vôo com destino à África do Sul, ela disparou em sua conta no twitter uma piada, que seria muito mal interpretada, envolvendo a Aids, a África e sua etnia (branca). A linha do tempo de Justine lotou de respostas ao seu comentário antes mesmo do avião em que ela se encontrava pousar no destino final, e o assunto se tornou o mais comentando na rede social em todo o mundo.
Outra situação relatada pelo autor é a de Lindsey Stone, de 32 anos, do