A vida de um operario no séc. XIX

A vida de um operário no séc. XIX

Chamo-me João Pedro e sou um operário fabril .

Nós operários estamos situados no patamar inferior da sociedade em vivemos. Vendemos a nossa força de trabalho em troca de um salário medíocre que mal dá para sobreviver.
Não existem qualquer tipo de condições de trabalho. A falta de luminosidade, arejamento ou qualquer tipo de higiene, essa situação torna-nos mais vulneráveis às doenças e epidemias existentes. Mas isso os nossos patrões nem se preocupam, desde que trabalhemos eles não querem saber de mais nada. Infelizmente já tive o azar de ver colegas meus perderem um dedo, um braço devido aos seus trabalhos e por mais inacreditável que pareça durante esse tempo não receberam salário. Devido a esses acidentes ficaram impossibilitados de trabalhar para a vida e muitos foram despedidos, sem receberem qualquer tipo de indeminização, para além do mais, alguns são brutamente maltratados por cometerem um simples erro. Mas nós não temos outra hipótese senão trabalhar apesar da nossa revolta pois precisamos de meter comida na mesa. Desde que haja pão para comer vai se vivendo pouco a pouco... Devido ao nosso escasso salário, não temos muito dinheiro para esbanjar em comida por isso comemos também do pouco que semeamos... Não sei ler nem escrever e desde de pequeno que trabalho em fábricas . Trabalhava em criança para ajudar os meus pais e hoje são os meus filhos e a minha esposa que trabalham comigo pois sempre é mais algum dinheiro que levamos para casa. Começamos a trabalhar de madrugada e só terminamos à noite, no trabalho as pausas são quase nulas , nem temos tempo para comer um prato de sopa, e muito menos temos férias ou reformas, trabalhamos durante todo o ano, quer seja feriado ou dia normal, quer faça muito frio, quer faça muito calor.
O nosso trabalho é rotineiro e monótono, fazemos o mesmo vezes e vezes sem conta todos os dias.
Gostava que os meus filhos e netos pudessem ter uma vida bem melhor que a