A VIDA DE SENTIMENTO SEGUNDO HEGEL
Na busca pela compreensão do que seja espírito livre na obra de Hegel é de suma importância acompanhar o desenvolvimento que este espírito assume para chegar a esta liberdade.
Este processo de desenvolvimento do espírito é tratado na sua Antropologia que não é abordar de forma abrangente a diferença corpo e alma do ser humano referente à do corpo e alma do animal, mas sim da diversidade racial, sexualidade, vigília e sono, sensação, capacidades parapsicológicas e até mesmo o habito.
A vida de sentimento é abordada no que podemos considerar segunda parte da sua Antropologia. A mesma enquanto forma, estado do homem é uma doença em que o individuo se refere imediatamente ao conteúdo de si mesmo, porém não distingue a diferença entre ele e o mundo, fazendo do mundo uma parte de si.
Na vida de sentimento Hegel aborda a condição doentia descrita como sonambulismo magnético e outros estados. Aqui o autor retrata mais profundamente da segunda forma de relação mágica que é a subjetividade real da alma que sente. A subjetividade é chamada real porque em lugar da unidade indivisa substancial da alma que reina no sono magnético e também na relação do individuo à seu gênio, o que evidencia é uma vida da alma efetivamente dupla que põe em liberdade seus dois lados para uma essência própria.
O primeiro destes dois lados é a alma que sente de uma forma sem mediação diante do seu mundo individual e a sua efetividade substancial. O segundo ao contrario é a relação com mediação da alma e seu mundo em uma conexão objetiva, realizando assim o processo dialético.
As doenças surgem justamente quando estes dois processos buscam uma autonomia própria se desassociando um do outro. Ainda Hegel fala sobre o magnetismo animal onde um individuo se submete a um outro de forma que chega a sentir tudo da maneira que o outro sente, aniquilando totalmente sua capacidade de ser para si mesmo.
A uma diferença retratada no texto sobre a nível do saber como se