Cesare Ripa Comentarios
O capítulo refere-se as Artes Românticas (pintura, música e poesia) que, para Hegel, tratam da perfeita harmonia entre forma e conteúdo. A arte contemporânea do filósofo não é citada pelo autor – como o Romantismo Alemão do século XVIII. Hegel utiliza a ideia de que a arte possui uma elevação espiritual em si mesma – interioridade. Ao processo de progresso, o filósofio inicia pela pintura bizantina e desenvolve-se até a pintura holandesa, onde a arte vive uma alteração tanto de conteúdo quanto do modo de pintar.
Segundo Hegel, o estudo da evolução histórica da pintura deve ser feito com "conhecimento de causa", ter a capacidade e a possibilidade de visualizar as obras reais. As pinturas de temática religiosa vão, pouco a pouco, sofrendo alterações pelo presente, pela a individualidade e a interioridade, pela grande coloração nórdica até uma maior degeneração temática para "o profano, para a natureza, a vida cotidiana, para os acontecimentos importantes da história nacional do passado e do presente, para o retrato [...]", ao ponto de realizar a perfeição exterior e individual da pintura.
Quanto a pintura bizantina, Hegel afirma que tanto a naturalidade quanto a vida não estão presentes nas obras. Tratam-se de "objetos mumificados" não sendo possível um maior desenvolvimento da arte do período.
Para Hegel, a pintura italiana foi a responsável por introduzir à temática bizantina a "realidade vivente" e a espiritualidade viva dos objetos retratados. Duccio e Cimabue aproximaram o desenho antigo com o novo espírito da pintura italiana – suavizaram a rigidez das figuras e elevaram para o individual. A arte italiana, o ideal puro da arte, iniciou o processo de liberdade na pintura. Entretanto,