A vida de Albert Eckhout
Sobrinho do pintor Gheert Roeleffs, Eckhout trabalhava em Amsterdã (Holanda) como ilustrador, aos 26 anos, quando foi convidado para a missão artística de Nassau. De 1637 a 1644, documentou frutas, flores, animais e pessoas do Nordeste brasileiro com desenhos e telas. Ficou fascinado pelo que encontrou no Brasil. A maioria das telas tinha mais de dois metros de altura. Foram pintadas para o Palácio de Friburgo, a residência de Nassau no Recife e foram levadas pelo governador quando os holandeses foram expulsos.
Mesmo após voltar à Europa, continuou a elaborar imagens sobre material recolhido, ainda patrocinado por Nassau. O príncipe presenteava com obras de Eckhout a nobreza européia. Seu primo Frederico 3º, rei da Dinamarca, recebeu oito representações de índios brasileiros em tamanho natural e uma série de 12 naturezas-mortas com frutas tropicais. Essa coleção pertence ao Museu Nacional da Dinamarca e só foi exposta no Brasil no final do século 20.
Para o rei da França Luís 14 foi enviada uma coleção de oito pinturas, levadas para a manufatura de tapeçarias dos Gobelins onde foram reproduzidas na série chamada "Tapeçarias das Índias". Elas tornaram-se muito conhecidas e foram tão copiadas que os cartões originais que serviam de matriz para produzir novas tapeçarias se estragaram. O Museu de Arte de São Paulo (Masp) possui cinco da primeira série, a Petites Indes (Pequenas Índias).
Em 1876, D. Pedro 2°, imperador do Brasil, encomendou cópias de seus quadros, feitas pelo pintor Niels Aagaard Lutzen, que estão hoje no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro. A "Dança dos Tapuias" é considerada