O escafandro e a borboleta: um olhar a partir da psicomotricidade
A comitiva de Nassau e seus olhares sobre o Brasil
O que o Brasil presenciou na primeira metade do século XVII com a corte de Nassau não encontrava paralelo em nenhuma outra paragem das Américas. Artistas e cientistas foram trazidos ás ruas lamacentas e mal-ajambradas de um porto distante da costa brasileira, pelo simples capricho de um nobre ilustrado que pretendia mostrar aos investidores conterrâneos a viabilidade de um empreendimento tão arriscado e, também, segundo o espírito da época, trazer a civilização aquelas terras ainda praticamente incógnitas.
Além de Post e Eckhout, também chegaram ao Brasil em 1637 o médico e naturalista holandês Willem Piso. A obra que esses homens produziram no e sobre o Brasil é bem diversa entre si, e pode ser interpretada sob os mais diversos enfoques.
Até hoje Albert Eckhout é considerado o primeiro pintor europeu a lançar um olhar etnográfico sobre os nativos americanos.
O tratado de Piso e Marcgraf, Historiae Naturalis Brasilae, publicado na Holanda em 1648 sob patrocínio de Nassau, com suas ricas ilustrações da fauna do Nordeste do Brasil,